Dia Internacional da Mulher: ConheƧa as Professoras da FEEC
- 3E Unicamp
- 8 de mar.
- 5 min de leitura
Por: Nicolas Barbosa e RaĆsa Rodrigues

A engenharia pode ser um campo marjoritarimente masculino, mas na Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC) da Unicamp temos vÔrios exemplos de figuras femininas admirÔveis lecionando e inspirando seus alunos. No post de hoje, vamos destacar algumas professoras do instituto onde nos localizamos para inspirar no Dia Internacional da Mulher.
LetĆcia Rittner
Nascida em SĆ£o Paulo, a professora ingressou na FEEC como estudante em 1989, terminou sua garduação em 1994 e iniciou seu cargo como professora em 2014. Uma grande inspiração para os membros da 3E, LetĆcia foi uma das membros fundadoras da nossa Empresa JĆŗnior e uma das primeiras diretoras do MEJ.
Trabalhou na indĆŗstria automotiva de 1994 a 1999, mais especificamente na Robert Bosch Ltda e Volkswagen do Brasil, obtendo paralelamente seu tĆtulo de MBA pela Faculdade GetĆŗlio Vargas (1998). Retornou Ć Academia, onde fez Mestrado e Doutorado em Engenharia de Computação pela Unicamp, com estĆ”gio de 6 meses no Montreal Neurological Institute, McGill University, CanadĆ”. Fez Pós-doutorado na University of Pennsylvania e foi Professora visitante na UniversitĆ degli Studi di Verona (ItĆ”lia) e Pesquisadora Visitante do Hospital Israelita Albert Einstein. Atualmente Ć© Professora Visitante da University of Calgary (CanadĆ”), tendo sido agraciada com o Killam Visiting Scholar Award, prĆŖmio que Ć© oferecido anualmente pelo Killam Trusts a um acadĆŖmico ilustre pelas contribuiƧƵes significativas para a vida acadĆŖmica de universidades no CanadĆ”.
Atualmente é Professora da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp e Diretora do Medical Image Computing Lab (MICLab), onde desenvolve sua pesquisa focada no processamento e anÔlise de imagens médicas. Desde 2012, ela dirige oficinas de programação para crianças e adolescentes e tem um papel ativo na promoção da diversidade de gênero nas Ôreas STEM. à membro da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB), da Sociedade Internacional de FotÓnica (SPIE) e membro sênior do IEEE.

CecĆlia de Freitas Morais
Natural de GoiĆ¢nia, a professora CecĆlia de Freitas Morais graduou-se em Engenharia ElĆ©trica com Ćnfase em Controle e Automação pela Universidade Federal de GoiĆ”s (UFG) em 2009. Realizou seu mestrado (2011) e doutorado (2015) na Unicamp.
"Uma coisa que me marcou muito em minha vida profissional, foi o fato de que boa parte das minhas alunas em sala de aula e orientadas de TCC, IC, ou pós graduação sempre terem destacado a importância de referências femininas de profissionais na Ôrea (Engenharia ou mesmo docência/pesquisa em engenharia). Isso me fez perceber que os modelos de "cientistas" que me influenciaram na minha infância e adolescência sempre foram masculinos, e também me fez questionar como isso às vezes poderia afastar jovens alunas com grande potencial das ciências exatas e engenharias. Assim, o que me motiva hoje é tentar contribuir para que as pessoas interessadas em engenharia e ciência atinjam seu mÔximo potencial. Sou movida pelo sentimento de satisfação por ter participado da jornada de estudantes e jovens pesquisadores, pois descobri que com oportunidades iguais, esforço e paciência todos podem alcançar seus objetivos, independente de onde venham, de sua classe social, e de seu gênero."

Maria Cristina Dias Tavares
Maria Cristina Dias Tavares possui graduação (1984) e mestrado (1991) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fez doutorado na Unicamp entre 1996 e 1998, tendo se tornado professorano ano de 2002. Teve uma Menção Honrosa no Prêmio CAPES para tese orientada em 2019
"Em 2023 fui elevada para a categoria Fellow do IEEE. Isso Ć© muito especial porque somente 0,1% dos membros do IEEE (de todas as sociedades) podem ser promovidos.
São poucos membros Fellow na Ôrea de potência no Brasil e poucos na FEEC.
Fui promovida pelas contribuiƧƵes para a Ć”rea de Energia ElĆ©trica, especificamente para Sistema de PotĆŖncia, na Ć”rea de transmissĆ£o e controle de algumas perturbaƧƵes. Quando entrei na Engenharia a Ć”rea de potĆŖncia tinha muito destaque, o que atraĆa a atenção dos ingressantes.
Também dentro do campus da UFRJ estÔ localizado o Centro de Pesquisa da Eletrobras, o CEPEL, onde fiz o meu estÔgio e comecei a atuar na Ôrea de transitórios. O CEPEL é um centro de excelência e sempre foi inovador, tendo feito muitas contribuições para o setor.
Depois trabalhei em grandes consultorias, mas o setor estava em declĆnio. Fomos emprestados para algumas empresas pĆŗblicas e finalmente comecei a atuar como pesquisadora e futura professora. "

Carina Marconi Germer
A professora Carina Marconi Germer iniciou sua carreira se graduando no Técnico em Eletroletronica no Cotuca em 2008, e ingressou na FEEC como aluna de engenharia elétrica nesse mesmo ano. Realizou um intercâmbio acadêmico na Universidade de TUD Darmstadt na Alemanha entre 2011 a 2012. Concluiu seu mestrado e doutorado na FEEC nos anos de 2016 e 2019. Além disso, fez um intercâmbio no Imperial College London no ano de 2017 e pós-doutorado no Centro de Engenharia Biomédica - UNICAMP em 2020.
"A motivação pela ElĆ©trica comeƧou logo na infĆ¢ncia, com a minha curiosidade em compreender o funcionamento dos circuitos eletrĆ“nicos dos equipamentos que eu abria (calculadora, ferro de passar, liquidificador, chuveiro, etc). No curso tĆ©cnico eu ainda sentia que nĆ£o compreendia por completo, o que me fez seguir a faculdade em Eng. ElĆ©trica. Entretando, jĆ” sabia que tinha interesse na Ć”rea de Eng. BiomĆ©dica, entĆ£o logo no primeiro ano comecei a fazer IC com o Prof. Bassani, na Ć”rea de Eletrofisiologia Cardiovascular. Ao longo da graduação continuei trabalhando com o Bassani, e segui para o Mestrado na mesma Ć”rea. Para o doutorado, demonstrei interesse na Ć”rea de NeurociĆŖncias, foi quando passei a ser orientada pelo Prof. Leonardo Elias. Fiquei facinada com a Ć”rea, pois Ć© uma junção de elĆ©trica e fisiologia, pois, vocĆŖ pode considerar que o Sistema Nervoso se assemelha a um complexo circuito. Após o doutorado, em 2019, fui aprovada no concurso de professor do ensino superior na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Departamento de Engenharia BiomĆ©dica, mas em decorrĆŖncia da pandemia, só fui nomeada ao final de 2020. Neste perĆodo, fiz meu pós-doc, tambĆ©m com a supervisĆ£o do Prof. Leonardo. Tive uma experiĆŖncia maravilhosa em na UFPE, mas meu sonho era dar aula na Unicamp, que foi realizado em meados de 2023."

Fernanda CaseƱo Trindade Arioli
Nascida em Bauru - SP, a professora Fernanda CaseƱo Trindade Arioli se formou na Unesp em 2006 e ingressou na FEEC no ano de 2007 como aluna do mestrado e, posteriormente, douturado, quando foi para a Universidade de Alberta no CanadĆ” para o programa de doutorado sanduĆche. Entre 2013 e 2015, participou do Programa de Pesquisador de Pós-Doutoramento da Unicamp, e em fevereiro de 2015 se tornou professora da FEEC. Desde entĆ£o, realizou estĆ”gios de pesquisa em Manchester, Reino Unido, e Toronto, CanadĆ”.
"Minha vida Ć© bastante definida pela minha carreira, que me proporcionou e proporciona experiĆŖncias Ćŗnicas, contato com pessoas sensacionais e, embora a carreira acadĆŖmica seja cheia de desafios, Ć© muito gratificante e estimulante."
