Mobilidade Inteligente: Por dentro da tecnologia dos táxis autônomos

Por: Gabriel Collares

Imagine um cenário não tão distante onde você não precisa mais se preocupar em procurar um táxi, negociar o preço ou até mesmo dirigir. Essa realidade está mais próxima de nós do que parece e promete revolucionar a mobilidade urbana de uma forma nunca antes vista. A ascensão dos táxis autônomos está transformando o estilo de vida dos grandes centros urbanos e introduzindo uma nova era tecnológica.

A Nova Era da mobilidade urbana

No ano de 2023, na cidade de São Francisco, Califórnia, a operação de táxis autônomos passou a ser feita para fins comerciais também, tornando-se uma grande atração turística da cidade.

Desenvolvida pela Google, a empresa Waymo é a responsável por tal automação dos táxis da cidade. Porém, os táxis autônomos, também conhecidos como robotáxis, circulam pelas ruas da cidade desde 2009. Para conseguir agendar viagens e acessar o serviço oferecido, os passageiros devem utilizar o aplicativo para celulares “Waymo One”.

Entretanto, São Francisco não é a primeira cidade a introduzir os robotáxis para as pessoas. No ano de 2016, a empresa nuTonomy iniciou testes de táxis sem motoristas em um distrito da cidade de Cingapura, sendo a primeira cidade do mundo a experimentar essa tecnologia inovadora.

Os benefícios e desvantagens dos veículos autônomos

Nos dias atuais, um dos pontos mais importantes é, sem dúvidas, a segurança. E com uma tecnologia avançada de sensores e inteligências artificiais, os robotáxis são capazes de detectar e reagir a perigos potenciais de forma rápida e mais precisa que motoristas humanos. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) cerca de 90% dos acidentes são causados por erros humanos nos dias atuais.

Além da segurança, outro ponto que é extremamente benéfico em relação ao uso de veículos autônomos é a redução da emissão de GEE (gases do efeito estufa). De acordo com a revista científica Nature, a autonomia de veículos garante uma redução média de 21,2% das emissões de GEE, devido à economia de combustível. Além disso, a otimização de rotas garante uma redução do congestionamento urbano, tornando as viagens mais rápidas e eficientes, e, consequentemente, contribuindo para uma menor emissão de gases poluentes.

Por outro lado, a maior desvantagem dos veículos autônomos é o preço. São caros tanto para adquirir, quanto para a manutenção, visto que requer profissionais altamente qualificados, além de ter alto custo. 

Outra desvantagem que, definitivamente, é uma das mais comentadas, é em relação aos acidentes envolvendo esses veículos. Desde o início da operação desse meio de transporte, 18 mortes já foram registradas. Nesse caso, a dúvida em questão sobre quem é a responsabilidade em casos de acidentes - o fabricante, o software ou o proprietário do veículo - é um problema jurídico importante.

Os desafios e obstáculos a serem enfrentados

Como mencionado anteriormente, um grande desafio são as questões legais e regulatórias acerca desses veículos. Algumas questões como a responsabilidade civil, segurança durante as viagens e, principalmente, a privacidade de dados dos passageiros são obstáculos a serem superados.

Além disso, sem dúvidas, o maior desafio para que táxis e veículos autônomos atuem nos grandes centros é a necessidade de cidades inteligentes, com uma infraestrutura adaptada para dar suportes à esses veículos, como vias dedicadas, pontos de carregamento, conectividade com 5G, que é crucial para garantir a troca de informações em tempo real entre os veículos e o ambiente, rede de sensores e sistemas de comunicação avançada.

Sendo assim, por mais inovador e prático que seja a utilização de veículos autônomos, é necessário que as adaptações necessárias, além de questões de segurança e jurídicas, sejam garantidas.

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