Datacenters aquáticos: seus dados estão embaixo d’água!
- 3E Unicamp
- 25 de mar.
- 3 min de leitura
Por: Raísa Rodrigues

Você sabia que seus dados podem estar literalmente embaixo d’água? Em um mundo cada vez mais digital, a demanda por armazenamento e processamento de dados está crescendo exponencialmente. Para acompanhar essa evolução, soluções inovadoras estão sendo desenvolvidas, e uma delas é a criação dos datacenters aquáticos. No post de hoje, abordamos os benefícios dessa tecnologia e por que ela é tão importante para o futuro da computação e da infraestrutura de dados.
O que são os datacenters aquáticos?
Datacenters aquáticos são centros de processamento de dados que são localizados no fundo de oceanos A ideia por trás dessa abordagem é simples: utilizar a água fria do mar como um meio natural para resfriar os servidores. Assim, em vez de depender de sistemas de ar condicionado ou resfriamento mecânico tradicionais, que consomem grandes quantidades de energia, a água marinha oferece uma solução muito eficiente para manter os equipamentos na temperatura ideal, sem precisar de gastos enormes de energia para tal.
Esses datacenters podem ser implantados em locais estratégicos ao redor do mundo, muitas vezes próximos a grandes centros urbanos ou pontos de interconexão de cabos submarinos, facilitando a comunicação de dados e reduzindo a latência. Além disso, eles podem ser projetados para funcionar de forma totalmente autossustentável, com o uso de fontes de energia renovável, como energia solar ou eólica.
Uma realidade próxima
A adoção global do uso dos datacenters aquáticos pode transformar o futuro do armazenamento digital focando na sustentabilidade e na eficiência energética e já é uma realidade próxima, uma vez que as maiores potências mundiais têm investido continuamente nessa tecnologia.
Dentre os exemplos dessa moção, a Microsoft foi pioneira com o lançamento do Projeto Natick. A fase inicial, que ocorreu no ano de 2015, consistia em testes com pequenos datacenters que ficaram submersos por cerca de 105 dias. Já em 2018, no próximo estágio, a gigante da tecnologia submergiu um datacenter com 864 servidores na Escócia por 2 anos, que demonstrou ter uma taxa de falha 8 vezes menor em comparação às estruturas em meio terrestre. O projeto teve fim em 2020.
Desde 2021, a China também tem investido nesse mercado, sendo que em 2023, uma empresa especialista nos datacenters submarinos, Highlander, lançou em Hainan uma unidade comercial, e ainda planeja submergir mais 100 módulos em um futuro próximo.
A importância dos datacenters submarinos
A importância dos datacenters submarinos se torna evidente quando observamos o cenário atual de infraestrutura de dados. A demanda por armazenamento e processamento de informações tem crescido muito, com empresas e consumidores gerando quantidades imensas de dados todos os dias. Para suportar essa carga, é necessário expandir os datacenters de maneira eficiente, e é aí que entra a inovação dos datacenters aquáticos.
A eficiência energética é um dos principais fatores que tornam os datacenters submarinos tão atraentes. O resfriamento natural proporcionado pela água permite que os datacenters submarinos consumam até 90% menos energia para resfriamento do que as alternativas convencionais. Isso resulta em uma enorme economia de custos e uma pegada de carbono significativamente menor. Sendo assim, também é notório o papel desse advento para a sustentabildade, já que a operação em ambientes aquáticos permite que esses datacenters se conectem a fontes de energia renovável de forma mais direta e eficiente.
Desafios e futuro
Embora os datacenters submarinos ofereçam uma série de vantagens, ainda existem alguns desafios a serem superados. O custo inicial de construção, a infraestrutura de cabos de comunicação submarina e a necessidade de garantir a segurança e a integridade dos sistemas no longo prazo são questões que precisam ser abordadas. No entanto, à medida que o mundo digital continua a crescer, os datacenters aquáticos podem se tornar uma peça-chave na construção de um futuro mais verde e eficiente para a tecnologia da informação.
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